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terça-feira, 27 de agosto de 2013

Paradigmas nas linguagens artísticas. Egelson Lira


Paradigmas nas linguagens artísticas.
AO Egelson lira/ CCJ

Inter- musicalidades , expressão diversidade em comunhão, inter-linguajar sonoros, inter - metaforalizantes.
Inter -vocalizamos nossos sentidos, inter- ingênuamente nos doamos ao extinto, nos vemos dentro e fora dele, mas nunca ausentes.
 Inter- musicalmente, diminuo o andamento, troco a harmonia e mudo o pulso, “alegro ma no tropo” revejo conceitos rítmicos, metáforas estão sempre presentes na linguagem musical.
Inter - locutando vozes sejamos , ouvidos, alados...
Inter - teleguiados serão muitos telêmacos nas odisséias dos dias amargos.
Inter- minimalismos se iniciam, e o reparar, continuar, ascender vão procriar.
Ao Inter – determinamos: qual? Quem? Reescreveu, e ele próprio o releu.
 Inter- teatralizamos o que não é atento, porque nunca se tenta, entre.
Inter-  visualizaremos , entre olhos retidos dentro e fora do mundo.
Inter – dançaremos, na inter – contemporaneidade do compasso eterno.
 binários e ternários se tornarão, sambas e boleros.
O inter – seminário metáforalizante sobe e desce escalas dissonantes, quase se torna melodia, se arrisca no cromatismo, quase chega à simetria, modula tonalizando, vários inter - tons.
 Inter- anti inseminadas semínimas são muitas, colcheias nem se fala, o compasso está quase inacabado.
Inter- melodiamos, inter- cantarolamos, lá, laia, laia, salve as onomatopéias.
Inter- vocacionamos vocações, inter- vertemos papéis.
Inter- eletrificamos potências, tudo é questão entre decibéis.
Inter- potencializamos as ausências, não presenças, sentiremos como ela nos sente: ausente.
Inter- despediremo-nos quando nos inter- encontrarmo-nos, quando já não formos inter- desplicentes, soando como intervalos dissonantes.
Inter- interpretando vozes estéreis, ás vezes seriais, outras vezes dodecafônicas, nos dividiremos em tons, micro tons.   
Inter quase sempre quer dizer “entre”.

Quero agora sustentar que, no entrosamento musical, o processo metafórico funciona em três níveis cumulativos[i].  Quando escutamos “notas” como se fossem “melodias”, soando como formas expressivas; quando escutamos formas expressivas assumirem novas relações, como se tivessem “vida própria” ; e quando essas novas formas parecem fundir-se com nossas experiências prévias. Susane Langer no livro de Swanwick diz que a música” informa a vida do sentimento”. [ii]
No processo de criação junto aos vocacionados, a pesquisa se baseia nas metáforas sonoras, onde se procura por sons inusitados, sons cotidianos que ouvimos nas ruas ,por onde passamos, também nos silêncios que não nos deixamos ouvir, quando pedimos silencio, pausa para que entre uma improvisação.
 Um dos vocacionados diz: ta tudo desafinado! (penso comigo “é que no peito dos vocacionados também bate um coração”), uma canção que fica na memória onde tudo se recria.
Sobre forma e conteúdo- alguns violões entram fazendo a harmonia, conduzindo o andamento, as flautas doces tocam uma pequena escala natural, a percussão, marca o ritmo para entrada das vozes, a um repetição de todo o texto musical, para finalizar um improviso de violão, terminando todos juntos.
Música  utilizada de Heitor Villa Lobos - trenzinho do caipira, texto poético de Ferreira Gular.
De alguma maneira essa pesquisa metaforiza a linguagem musical, assume muitas formas, reúne, aproxima, traz cidadania.


[i] Swanwick, Keith. Ensinando musica musicalmente. SP: Ed.Moderna, 2005.
[ii] Idem,

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