Páginas

sexta-feira, 2 de agosto de 2013

Mapeamentos Possíveis ou A Navegação de Rota Nenhuma. AO Leandro Hoehne. Vocacional Teatro/ leste 3

CEU Jambeiro
Equipe Leste 3
AO Leandro Hoehne

Mapeamentos Possíveis ou A Navegação de Rota Nenhuma

§ 1: E se eu chegasse num ponto onde esgotam-se as alternativas? Como numa paleta de cores luminosas em que a mistura de todas num giro veloz apresentasse a possibilidade de sua brancura e nada mais... mapear o já mapeado, retornar as tantas reflexões e me questionar se não estou sendo repetitivo – a reprodução de mim mesmo; a reprodução dos vocacionados por eles mesmos; a reprodução de mim nos vocacionados; e a reprodução deles em mim.

§ 2: E se eu chegasse num ponto onde há alternativas por demais? Como numa paleta de cores luminosas diversas, mas que, ao se misturarem num giro veloz, apresentasse a possibilidade de sua brancura e nada mais... calcular o incalculável, controlar o incontrolável, esperar o inexorável de mim, dos vocacionados, do processo.

Se ao primeiro parágrafo eu atribuir o valor ZERO e ao segundo o valor HUM, devo considerar que, entre zero e hum, existem muitas possibilidades de desviar-se.

Quais e quantos mapas sou capaz de identificar? Ou ainda, quais e quantos mapas sou capaz de criar? O mapa de início de encontro não é o mesmo do final. O solo vocacional é como que apoiado em placas tectônicas onde continentes ora são pangeia ora são uma organização qualquer de territórios separados por oceanos, ora mais próximos, ora mais distantes.

Talvez neste meu terceiro ano de navegação por, tratando-se de Programa Vocacional, sempre mares nunca dantes navegados, esteja interessado nos oceanos ao invés dos territórios. Navegar na imensidão ao invés de explorar os ordenamentos de terra firme. Passar por eles sem fincar âncora. Navegar sem rota nenhuma, onde todo mapa é possível, desde que eu os crie.

O que há de imensidão inexplorada entre cada território? O que há de “nada” entre cada “tudo” bem delimitado em suas fronteiras de identidade?

§ 3: E se eu chegasse a um ponto onde nem o ponto seria mais ponto? Cena, cena... teatro, teatro... vocacional, vocacional... E se eu nem chegasse, só partisse?

Encontro 1, segunda-feira. Sob a lógica da negação da afirmação como conclusão. Negando tudo para abrir questões de investigação do sim: Experimentamos um jogo de tabuleiro que não foi jogo de tabuleiro mas sim um jogo de ocupação de espaços na proposta de se observar teatro mas não não é teatro mas sim é alguma coisa que é jogo e que é teatro porque tem regras mas não não são regras fixas portanto o jogo não é fixo mas são regras construídas ao jogar então o jogo não é jogo até que se jogue e o teatro teatro até que se teatre.

Encontro 2, terça-feira. Sob a lógica da afirmação da negação como conclusão. Afirmando para abrir questões de investigações do não: Experimentamos cenas criadas a partir de universos relacionais entre objetos pessoais de terceiros e histórias fictícias criadas por si na relação com outras histórias criadas e encenadas sim porque é cena é improvisação é teatro não não é cena é estudo de cena estudada sim nos seus detalhes no momento em que grupos trocam cenas entre si e propõe novas perspectivas sobre um mesmo assunto mas que não é assunto e sim a cena em si que é assunto e cena cena e cena assunto é forma e cena é conteúdo e tudo agora explode em provocações do que se é em cena como um indivíduo autopréestéticoformatado então o Estudo de Cena é também um Estudo de Mim e do Outro.


§ 4: Fim de partida

Nenhum comentário:

Postar um comentário