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sexta-feira, 6 de dezembro de 2013

ENSAIO RELATO KLEBER DE PAULA

ENSAIO RELATO KLEBER DE PAULA.

Faço uma linha dos 3 anos que estou no vocacional, no mesmo equipamento, com a continuidade dos mesmo vocacionados e a entrada e vários novos vocacionados que passaram no longo desses 3 anos.

CONHECIMENTO, DESCOBERTAS, PESQUISAS, REFLEXões, AUTONOMIA, EMANCIPAçAO E CRESCIMENTO!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

          Meu ensaio vem como um conjunto de angustia, esvaziamento nos encontros, dúvidas, aumento da demanda "preenchimento nos encontros", medo do novo e do que não conheço, novas experimentações, descobertas e memória. Então coloco uma pergunta...Quando se dá o processo? Existe uma forma ou uma ordem para desenvolve lo? Com o início tardio do programa, me deparei com um “esvaziamento” significativo de vocacionados nas minhas aulas que me gerava dúvidas quanto ao desenvolvimento do programa quanto ao processo criativo, e o que seria processo. Aos poucos com o passar do tempo e encontros, voltei a ter uma demanda maior de vocacionados, alguns alunos antigos voltaram, novos alunos surgiram, todos com uma cede de aprender, fazer, executar, aprimorar e desenvolver tecnicamente como dançarinos.    Particularmente, eu não sentia dificuldades em proporcionar isso para eles, pois venho “desse mundo”, dessa prática de técnica-performance, desenvolvimento e crescimento como bailarino ou dançarino. Porém, não me conformava com a ideia de processo acumulativo de conhecimentos, de que meu trabalho com os alunos fosse construído e desenvolvido apenas com meras reproduções de movimentos. Minha angustias continuavam, porque não estabelecíamos um processo criativo.           As propostas e jogos que eu apresentava pra eles como uma prática corporal parecia ser perdida, parecia não ter uma continuidade. Sentia uma dificuldade em estabelecer um processo criativo, mesmo porque não sabia o que era processo criativo, foi a partir deste momento que comecei a me questionar: o que é processo criativo? Como estimular uma reflexão das nossas práticas e estabelecer uma pesquisa? Eu não sabia, e ainda não sei. Mas tinha certeza de que meu papel ao desenvolver este trabalho era ser um Artista Orientador " Provocador" . 
         Provocador: na minha visão, é aquele que não só dá ferramentas, coisas prontas, mas também aquele que instiga a curiosidade, a pesquisa, a descoberta e experimentação do novo, aquele que deixa de fazer as suas vontades para descobrir quais as vontades dos seus vocacionados. A partir deste pensamento adquirido com a minha formação acadêmica e principalmente com minhas vivencias como profissional da Dança, passei a buscar clareza nas minhas propostas enquanto professor-artista-pesquisador, de como realmente fazer com que meus alunos obtivessem a mesma clareza e que se sentissem transformados através disso. Algo muito significativo para mim, foi poder contar com o apoio da Equipe Leste 1: Ivo Alcântara, Enoque, Guilherme, Carol, Tatiana, Claudia Palma Coordenadora de Equipe. Através de nossas constantes conversas, reuniões e troca de saberes, percebi que eu poderia descobrir e estabelecer um processo criativo juntamente com os meus vocacionados partindo da vontade deles. Mesmo ainda tendo dúvidas de como estabelecer estas ideias na prática, passei a desenvolver nas minhas aulas um processo colaborativo de conhecimentos entre professor-aluno. Os vocacionados passaram a se sentir muito mais a vontade, para expor ideias e vontades em relação as nossas aulas, principalmente em relação à criação.
Atualmente voltando aos encontros, em nossas práticas na sala de aula, percebo uma vontade por parte dos vocacionados em se aprofundar e conhecer realmente as Dança Urbanas, principalmente sobre o Estilo “House Dance”, na qual encontraram certa afinidade. Os alunos querem saber origem, influências, onde surgiu, quem são os criadores, técnicas, história, fundamentos, enfim.... tudo sobre essa dança. Fui percebendo que os vocacionados começaram a fazer comparações e perceber semelhanças do House Dance com outras danças ou lutas, ou até algo que tenham vivenciado, coisas da memória particular de cada um. Partindo destas memórias e relações estabelecidas durante as nossas aulas, passamos a desenvolver um trabalho de pesquisa através de um questionamento: Todas as Danças podem ser “Iguais” ou “Semelhantes” ao House Dance?. Este questionamento surgiu em umas das nossas “apreciações” que acontece todo final de encontro, essas apreciações ou auto avaliação, surgem para que possamos fazer relações com o processo criativo desenvolvido na aula do dia e que também acabam se relacionado com aulas anteriores. Neste determinado dia uma fala muito forte nos marcou: “O MUNDO GIRA”, levando essa fala pra dança podemos chegar a conclusão que todas as danças se cruzam ou os passos se repetem, o que muda é a intenção de cada movimento, o feeling, a música. Desde então, os vocacionados começaram a aprofundar a pesquisa sobre as Danças que para eles dialogavam com o House Dance através de movimentos parecidos ou semelhantes, a maneira de andar, postura, atitude. Para essa pesquisa foi muito importante a opinião deles, a fala deles. Pedi para cada aluno escrever uma carta dizendo o que achava semelhante com o House Dance. Ao ler as cartas, percebi que todos pesquisaram a fundo e descreveram além das danças, as características de movimentos semelhantes ao House Dance, entre essas danças estavam: -O Samba: por causa dos movimentos de pernas e a forma de se deslocar. -A Capoeira e o Boxe: por causa dos movimentos de chão, e esquivas. -O Sapateado: por causa dos movimentos de pés, da maneira como usamos e tocamos no chão. -Do Afro: por conta de muitos passos semelhantes e movimentos de braços e mãos. -Da Salsa: por causa de alguns passos semelhantes, o contra tempo que usamos na música. Enfim, acho que estamos caminhando, não sabemos no que vai dar, e nem para onde vamos, mas estamos instigados para descobrir.

DUVIDAS, ANGUSTIAS E PENSAMENTO

Para a autonomia e emancipação, tens que ter o mínimo de conhecimento e consciência corporal, instrumentalizar o corpo é necessário para que possa se reconhecer dentro de uma linguagem ou estilo. Sendo assim, trabalhar técnicas, fundamentos, bases, e passar a historia da dança nos estilo que estais propondo não é processo? Improvisação é qualquer coisa? Cópia é qualquer coisa? Por onde você anda? Pra onde você vai? Como você anda? Pra mim, a dança é como o vento, que desmanchou o penteado arruadinho de várias certezas que eu tinha, e algumas vezes descabelou completamente a minha alma. Mesmo que isso tenha me assustado muito aqui e ali, no somatório de tudo , foi graça, alivio e abertura. Não precisamos de certezas estáticas, mas sim criar e reinventar.....

O QUE SOU PARA O MUNDO, O QUE O MUNDO é PARA MIM?


é um processo onde os vocacionados desenvolveram em cima de uma pesquisainterior, onde improvisar e expressar toda sua carga gen[etica, todas as expereiencias vividas no seu passado, sendo boas ou ruins, seu sentimentos. Colocar isso pro mundo, ver o que o mundo responde, absorver e transformar tudo isso em poesia corporal..... atravez de improvisacao. vocacional danca " de repente, sinto uma energia incrivel. que nem consigo explicar. que quem esta de fora pode ate critica. Mas quem vevenci, so tem a aproveitar quem nao acredita que experimente. Pois teoria por si so nao me satisfaz. Vivencie, sinta, dance. E, apos, critique me se for capaz."

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