Vocacional Música 2013 – A caminho da ”intersubjetivação”
Em sua edição 2013 o
projeto Música procura aliar as premissas do programa Vocacional e as
experiências dos anos anteriores às demandas do momento, atualizando as
práticas artístico-pedagógicas atraves da imcorporação dos materiais e métodos
desenvolvidos tanto a partir dos registros e analises já concluidos como também
das demandas sumariamente imediatas.
A possibilidade desse
procedimento se deve a alguns fatores que contemplam a viabilização do diálogo
entre os participantes do projeto. Pode-se destacar que no momento tornam-se
fundamentais: uma visão atenta e sensível das demandas dos vocacionados, uma
conceituação dos materiais trabalhados e a valoração da criação através da
prática de referência coletiva, tudo culminando num processo que podemos chamar
de intersubjetivação.
Nota-se que para a
efetivação das trocas e a possibiliodade de interlocução entre as instâncias se
torna necessário uma sistematização quanto ao registro dos processos, que ao
mesmo tempo em que expõe a diversidade de formas e conteudos cria um canal
direto e imediato de divulgação, análise e apreciação. Outorga-se assim aos
“Ensaios de Pesquisa-Ação” uma função fundamental dentro da ação
artístico-pedagógica.
O que na edição de 2012
poderia ser traduzido tanto como uma expressão individual ou particular agora
passa a abranger uma atuação por meio da construção coletiva, primordial no
trabalho, agregando a prática junto aos vocacionados com a elaboração do
próprio material pedagógico.
O aspecto da
coletivização passa a transcender os grupos e turmas de vocacionados em seus
equipamentos e regiões de origem, pelo projeto como um todo, expandindo-se pela
cidade.
Nesse processo os
ensaios de cada artista-orientador ou coordenador são expostos como “rascunhos” e discutidos pelas equips
ao mesmo tempo em que são elaborados, o que inclui o intercâmbio, a apreciação
e a avaliação dos procedimentos, combinando a proposição individual e seu desenrolar
com o processo coletivo, potencializando todas as ações.
Nesse percurso abre-se
a possibilidade da incorporação de diversos meios de expressão na apresentação
dos ensaios, bem como uma flexibilização referente a cronogramas e obrigações
pontuais.
Essa situação
possibilita um alinhamento dos registros condizente com o andamento dos processos, considerando e
valorizando as condições de trabalho e suas particularidades, contemplando e
justificando o mapeamento como ponto de partida da ação continua das turmas e
grupos, culminando não exclusivamente com um resultado pragmático, mas
principalmente com a opção de utilização
de um material pedagógico
sugerido na própria ação.
A eleição de um
vocabulário plural, oriundo das propostas e práticas, contribui para a
conceituação dos processos e fornece subsídios para a discussão embasada na
realidade das ações. Para a efetivação dessa constante troca de informações e
apreciação coletiva o projeto conta com instrumentais de comunicação que
facilitam a identificação dos ensaios e possibilitam a visão do todo por todas
as equipes, com suas particularidades e possibilidades, de uma forma prática e
eficiente.
Por se tartar de uma
possibilidade de ação coletiva concreta considera-se que no momento os
materiais pedagógicos emergem das próprias ações, passando por processos de
experimentação e recriação justamente através dos intercâmbios envolvendo o
projeto como um todo. Podemos então afirmar que o Vocacional Música,
considerando a realidade a partir do que foi acima apresentado, caminha no
sentido de contemplar a intersujetivação em sua ação artêstico pedagógica.
Leonel G. Dias / Julho
de 2013
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