Ensaio tempo/espaço
Luciana Abel Arcuri - Casa de Cultura Raul Seixas
Tantas ideias e tantos caminhos para se percorrer em pouco
tempo: descrições de varias situações vividas nesse período de 15 de abril a 16
de julho de 2013.
Relações diversas no meio de tudo isso: eu e o vocacional,
eu e os vocacionados, eu e o equipamento e eu como artista. Qual a sua atitude
criativa? Cada relação tem seu tempo de ser desenvolvido e criado.
Eu e o vocacional, a experiência de artista/educador/orientador,
experiência de trabalho em outros locais e projetos. A relação com a equipe,
que faz as ideias se esclarecerem e serem discutidas como: “Cru de tudo”
termo/ideia criada a partir das nossas discussões, sobre as experiências de
cada um, onde sempre voltamos na ideia crua, nua, que sempre estaremos numa
situação de reconstruir os processos criativos, políticos...
Eu e os vocacionados, passaram tantas pessoas pelo espaço e
outras que veem me seguindo desde 2012. Cada um provocou e provoca um encontro
diferente. As vezes uma troca mais construtiva e inspiradora e outros somente
passaram por lá e não voltam mais, por desinteresse, falta de tempo para se
dedicar?! Começo de um aprofundamento criativo agora, temas corporais,
espaciais, liberdade de inventar.
Eu e o equipamento, um
parque, grama, arvores, três casas (administração, SECO e cultura) porem a
comunicação entre elas é limitada, pois cada uma tem sua política e cada uma
tem um apoio de secretarias diferentes. Tanta historia vivida e tanta historia
para se viver. As relações lá dentro já estavam desgastadas, frias e percebi
que modificar o que esta estagnado depende da experiência/tempo dos
deslocamentos e observações. Isso me impediu desenvolver as parcerias possíveis
para se criar um bom trabalho. Virei uma agente cultural: (“O agente cultural não é um mero “administrador” de
atividades culturais, mas deve ter uma sensibilidade voltada para o sociocultural,
exercendo ativamente sua função de elo
de ligação entre o poder público e as comunidades. Deverá exercer o papel de
gestor de processos culturais da cidade, com capacidade inventiva e formadora
de massa crítica....” “ O papel do agente cultural estende-se para além da
simples realização de atividades. Ele deve ser, antes de mais nada, um
dinamizador das potencialidades culturais da comunidade onde atua. Isto
significa atuar como incentivador, socializador e mobilizador das experiências
dos grupos culturais locais. Deve agir como portador e organizador da memória
coletiva, a partir de uma percepção do tempo cultural, e sua função é
impulsionar as práticas culturais democráticas, abrindo os espaços públicos
para as comunidades, informando e prestando contas das ações da política
cultural do governo municipal.”) site: http://www.polis.org.br/uploads/446/446.pdf, uma função que vai além da qual sou contratada,
um A.O.?!
Eu como artista; como tirar, vibrar, dançar todas essas
relações. Através de vídeo-dança, através da sinceridade comigo mesma e com os
outros presentes, através de pensadores, filósofos: como diz O’ Sensei Morihei Ueshiba: “Cada erro nos ensina
alguma coisa” (Morihei Ueshiba—A Arte da Paz— Coleção Sábias Palavras, Ed. Rocco),
“Quando eu e você nos encontrarmos novamente nenhum de nos será o mesmo, o
tempo terá nos atravessado” (Xica Lima, artista que esta expondo na Casa de
Cultura Raul Seixas), coreografias e temas.
"Tempo
que não se prende em relógio, em calendário, não está na data de aniversário
nem no fim ou começo do ano. Tempo que vai além de dias e das horas tempo esse
aqui que estou vivendo, tempo real tempo em que o tempo não tem valor
superficial, mas sim um significado digno de se exaltar enquanto dura esse
tempo. No tempo que eu vivo só quero viver, deixar que cada dia baste seu mal
tempo, onde o tempo não é observado como regra mas é vivido cada momento, esse
tempo é o tempo que me basta. Pra você desejo bons tempos!!!!!!!!!!"
(Anderson Silva, vocacionado da casa de Cultura Raul Seixas)
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