Ensaio
de pesquisa poético musical – AO Egelson lira
Paradigmas
nas linguagens artísticas.
Inter-
musicalidades , expressão diversidade em comunhão, inter-linguajar sonoros,
inter - metaforalizantes.
Inter
-vocalizamos nossos sentidos, inter- ingênuamente nos doamos ao extinto, nos
vemos dentro e fora dele, mas nunca ausentes.
Inter- musicalmente, diminuo o
andamento, troco a harmonia e mudo o pulso, “alegro ma no tropo” revejo
conceitos rítmicos, metáforas estão sempre presentes na linguagem musical.
Inter
- locutando vozes sejamos , ouvidos, alados...
Inter
- teleguiados serão muitos telêmacos nas odisséias dos dias amargos.
Inter-
minimalismos se iniciam, e o reparar, continuar, ascender vão procriar.
Ao
Inter – determinamos: qual? Quem? Reescreveu, e ele próprio o releu.
Inter- teatralizamos o que não é atento,
porque nunca se tenta, entre.
Inter-
visualizaremos , entre olhos retidos
dentro e fora do mundo.
Inter
– dançaremos, na inter – contemporaneidade do compasso eterno.
binários e ternários se tornarão, sambas
e boleros.
O
inter – seminário metáforalizante sobe e desce escalas dissonantes, quase se
torna melodia, se arrisca no cromatismo, quase chega à simetria, modula
tonalizando, vários inter - tons.
Inter- anti inseminadas semínimas são
muitas, colcheias nem se fala, o compasso está quase inacabado.
Inter-
melodiamos, inter- cantarolamos, lá, laia, laia, salve as onomatopéias.
Inter-
vocacionamos vocações, inter- vertemos papéis.
Inter-
eletrificamos potências, tudo é questão entre decibéis.
Inter-
potencializamos as ausências, não presenças, sentiremos como ela nos sente:
ausente.
Inter-
despediremo-nos quando nos inter- encontrarmo-nos, quando já não formos inter-
desplicentes, soando como intervalos dissonantes.
Inter-
interpretando vozes estéreis, ás vezes seriais, outras vezes dodecafônicas, nos
dividiremos em tons, micro tons.
Inter
quase sempre quer dizer “entre”.
Música como metáfora – Keith swanwick
Quero agora sustentar que, no entrosamento
musical, o processo metafórico funciona em três níveis cumulativos. Quando escutamos “notas” como se fossem
“melodias”, soando como formas expressivas; quando escutamos formas expressivas
assumirem novas relações, como se tivessem “vida própria” ; e quando essas
novas formas parecem fundir-se com nossas experiências prévias.
Susane Langer , quando a música” informa a
vida do sentimento.
No processo de criação junto aos
vocacionados, a pesquisa se baseia nas metáforas sonoras, onde se procura por
sons inusitados, sons cotidianos que ouvimos nas ruas ,por onde passamos,
também nos silêncios que não nos deixamos ouvir, quando pedimos silencio, pausa
para que entre uma improvisação.
Um dos vocacionados diz: ta tudo desafinado! (penso comigo “
é que no peito dos vocacionados também bate um coração), uma canção que fica na
memória onde tudo se recria.
Sobre forma e conteúdo- alguns violões
entram fazendo a harmonia, conduzindo o andamento, as flautas doces tocam uma
pequena escala natural, a percussão, marca o ritmo para entrada das vozes, a um
repetição de todo o texto musical, para finalizar um improviso de violão,
terminando todos juntos.
Música - Heitor vila lobos - trenzinho do
caipira.
Texto poético –
Ferreira Gular
De alguma maneira essa pesquisa metaforiza
a linguagem musical, assume muitas formas, reúne, aproxima, traz cidadania e vivência
ações e processos de criação coletiva.
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